Como vender mais no varejo usando Big Data?

Você sabia que a profusão de informações sobre volume e fluxo de vendas coletadas e armazenadas nos bancos de dados da sua empresa têm muito mais utilidade do que apenas manter controle de estoque e de livros financeiros?

Quando analisadas com cuidado, elas podem orientar estratégias de venda direcionada e de marketing personalizado, que se tornaram segredos de como vender mais. É isso o que se chama de Big Data.

O Big Data permite que empresas extraiam dos números respostas valiosas para perguntas como:

  • Qual é o perfil do cliente?

  • Quando ele mais compra?

  • Quanto ele costuma comprar?

  • Quais são seus itens preferidos?

  • Quais são suas necessidades?

  • Como ele se informa sobre as novidades do mercado e da minha marca?

Para chegar às respostas, é claro, será preciso investir em tecnologia, organização e inteligência artificial. O investimento, no entanto, dá um retorno considerável.

Nos Estados Unidos, onde a estratégia já é usada há bastante tempo, o volume de negócios aumentou em cinco vezes nos últimos cinco anos. De acordo com um levantamento feito pela consultoria IDC, o valor de negócios propiciados pelo Big Data era de US$3,2 bilhões em 2010 e passou para US$16,9 bilhões, em 2015. Em 2016, no Brasil, a IDC estimou que esse mercado movimentará R$3,2 bilhões.

Conheça alguma das possibilidades mais interessantes que o Big Data permite para o seu negócio e comece já a adotá-las para aprender como vender mais no varejo:

1. Entregue ao cliente o que ele quer antes mesmo que ele saiba

A montagem de uma vitrine de modelos de roupas, como as vistas em lojas de Renner, está longe de se basear apenas em conceitos de moda, de cor ou de estética. Antes de escolher as peças que ficarão no espaço nobre e que terão a missão de atrair o cliente, a empresa adota o Big Data para saber o que os clientes desejam.

Comentários em redes sociais da loja, aumento de vendas de um determinado tipo de peça ou de uma cor ou estampa específica e combinações que tem atraído o público-alvo da marca determinam o que deverá ser exposto.

A ideia é se antecipar ao cliente, mostrar a ele o que tem sido falado, criar na pessoa a necessidade daquele produto e não fazê-lo sequer ter trabalho para buscar pelo item nas araras.

A venda direcionada a partir das informações fornecidas pelo próprio cliente tem muito mais chances de sucesso do que uma estratégia de vendas às cegas.

2. Descubra onde o cliente está e vá até ele

Informações fornecidas pelos clientes sobre onde estudam, trabalham e moram são valiosas para determinar se há falhas na rede de serviços e ofertas de produtos e em que ponto seria interessante abrir um estabelecimento.

Um exemplo clássico dessa estratégia é adotada pela empresa de telefonia celular Vivo. Por meio do sinal do aparelho de seus clientes, a empresa detecta onde a maioria está, que tipo de uso é feito e onde a rede precisa ser aumentada ou diminuída, maximizando os lucros da companhia.

3. Formule estratégia de marketing personalizado

Se você sabe como, quanto, quando e o quê seu cliente está buscando, poderá refinar e personalizar a oferta de promoções e de estratégias de fidelidade que oferece a cada um ou a cada grupo de pessoas.

A varejista de departamento americana Target foi capaz de criar um sistema tão poderoso de leitura das informações dos clientes que sabia, por meio dos itens comprados mais recentemente (sabão neutro, tapete hipoalergênico, etc), se a cliente estava grávida e quando era a hora de enviar para a casa dela cartas com promoções de produtos para mãe e bebês.

A mesma lógica serve para criar ferramentas de sugestões e recomendações de compra. É o que faz a Amazon, por exemplo. Sabendo que tipo de livro um usuário comprou nos últimos 3 meses, a empresa tem grandes chances de sugerir títulos semelhantes na hora da compra e contar com o impulso do cliente.

Lembre-se de utilizar o Big Data com ética e sem quebra de confidencialidade. O bom uso do sistema garantirá clientes assíduos. E, para melhores resultados, leia o nosso post e fique atento a outras tendências modernas de como vender mais.

Mercado de varejo: como será o ano de 2017?

Depois de amargurar um dos piores desempenhos dos últimos 16 anos, o mercado de varejo projeta para 2017 o início de uma recuperação para superar a crise que abalou as vendas. Somente no fluxo de clientes, houve uma retração de 4,1% em comparação a 2015 e 2014.

Já as vendas a prazo, com cartões de crédito, débito e cheque, caíram 6,6% em comparação a 2015, de acordo com a Serasa Experian. Entre os motivos, estão os juros elevados, o alto índice de desemprego e a inflação.

Diante deste panorama nada animador, muitos analistas esperam que 2017 seja um ano melhor, principalmente por conta de algumas medidas que já vem sendo adotadas pelo governo federal, como redução na taxa de juros e projetos para incentivar o consumo, como a liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Para você ficar por dentro das novas tendências que devem influenciar positivamente as vendas neste ano, elaboramos este post com algumas dicas que certamente farão uma boa diferença no seu negócio. Confira:

Invista em canais alinhados   

Como o mundo digital está interligado com o físico, os consumidores estão cada vez mais exigentes, utilizando a tecnologia para selecionarem suas compras.

Dessa forma, é preciso alinhar tanto a loja física quanto a online, ou seja, muitas vezes um consumidor pode experimentar um tênis em seu estabelecimento e optar pela compra no site pelo fato de ter encontrado uma cor indisponível no estoque da loja.  

Com isso, manter a qualidade no atendimento em ambos os setores é fundamental para satisfazer os clientes e, consequentemente, aquecer as vendas.

No friction  

A expressão significa o fim dos intermediários. Portanto, é preciso se adequar, buscando investir em novas plataformas, pois os clientes estão sintonizados nos canais digitais e também nas redes sociais.

Muitos representantes de vendas estão sendo substituídos e é preciso se atualizar, oferecendo sempre soluções alternativas aos consumidores.

Afinal, a conexão direta entre clientes e prestadores de serviços é a nova tendência mundial, como nos aplicativos de transporte (Uber), alimentação, compras e até aluguel de casas.

Sustentabilidade 360º   

Muito além do que adotar atitudes ecológicas, é preciso ainda estabelecer bons relacionamentos com os clientes, sempre priorizando atitudes renováveis.

Empresas que investem em sustentabilidade conquistam bem mais clientes. Isso se deve ao fato de demonstrarem preocupação com sua responsabilidade social, ou seja todo o ciclo de produção de um produto, seu impacto no meio ambiente, além da relação de respeito com funcionários, clientes e comunidade onde está inserida.  

Este é um ponto que merece a sua atenção, já que a cada ano, as pessoas estão buscando mais qualidade de vida e também relações permanentes com setores que confiam, ou seja, é um excelente meio de fidelização dos consumidores.

Diferencie o atendimento  

Investir em um atendimento preferencial, com programas de fidelidade, sem falar em uma atenção voltada às exigências dos clientes, é fundamental para desbancar a concorrência diante deste cenário competitivo no mercado de varejo.

Quanto mais o consumidor se sentir à vontade em seu estabelecimento, tendo os prazos de entrega cumpridos assim como todas as especificações do produto, melhores serão as avaliações.

E com a disseminação das redes sociais, o marketing boca a boca acaba sendo favorável ao seu negócio. Por isso, faça de tudo para manter bons comentários e evite ao máximo falhas que possam gerar avaliações negativas.

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